Apanhadão: Globo entrevista o britânico Julian Barnes
PublishNews, Redação, 31/10/2022
Autor inglês lança 'Elizabeth Finch', romance em que lamenta a superação do paganismo pelo cristianismo; e o Estadão fala do livro de memórias de um do astros da série 'Friends'

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Julian Barnes | © Divulgação
Julian Barnes | © Divulgação
No final de semana tomado pelo noticiário da eleição presidencial, pouco espaço sobrou para novidades sobre o mercado eleitoral. O Globo entrevistou o autor inglês Julian Barnes, que defende em novo romance, Elizabeth Finch (Rocco), que a superação do paganismo pelo cristianismo significou a vitória de uma cultura intolerante, com extremismo religioso, nacionalismo e repressão sexual como consequências. Aos 76 anos, e com uma longa lista de prêmios que inclui o prestigioso Man Booker (2011), o inglês já publicou 27 livros e, no Reino Unido, suas obras não costumam ar em branco. Suas opiniões, aliás, convergem frequentemente com as de Elizabeth Finch, a personagem que é uma professora de cultura e civilização que aprecia a filosofia antiga e lamenta que o cristianismo tenha derrotado o paganismo greco-romano.

Também no Globo, Ancelmo Gois informou que o documentário Os anos do Super 8 será uma das atrações da Flip. O filme, dirigido pela ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura deste ano, a sa Annie Ernaux, e por seu filho, David Ernaux-Briot, foi feito a partir de edição de filmes registrados pela família durante vários anos. O documentário será exibido durante a Feira de Paraty em duas sessões. A primeira, no dia 24 de novembro, às 15h, será seguida de um bate-papo com os diretores.

Na edição do sábado, o Estadão explicou a razão de o Dia Nacional do Livro ser comemorado anualmente no dia 29 de outubro. E a explicação está relacionada com a data de fundação da Biblioteca Nacional. Temendo uma invasão dos ses comandados por Napoleão Bonaparte, a família real de Portugal veio para terras americanas, mas, em meio à confusão, a chamada Biblioteca dos Reis, com diversos livros, acabou sendo deixada para trás na Europa. Em 1810, os livros da corte aram a ser transportados para a nova casa da família real, o Rio de Janeiro, em ao menos três viagens marítimas. Os livros foram inicialmente armazenados em um andar do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, sendo transferidas ao Convento do Carmo, local considerado mais adequado, pouco depois. O decreto baixado no dia 29 de outubro de 1810, que autorizou a mudança, é considerado, hoje, como a data de fundação da Biblioteca Nacional.

O Estadão também trouxe texto sobre a autobiografia de Matthew Perry, que está saindo nos Estados Unidos. A geração hoje cinquentona se acostumou a ver o ator americano como Chandler Bing, um dos seis protagonistas das dez temporadas da série Friends. Um marco na TV americana, o seriado retratando jovens nova-iorquinos em confusões amorosas trouxe fama para o elenco, mas apenas Jennifer Aniston teve uma carreira de muito sucesso depois que a série terminou. Perry foi o que conseguiu menor repercussão. Nesse livro de memórias, Friends, lovers and the big terrible thing, a companheira de série Lisa Kudrow confessa no prefácio que a primeira pergunta que as pessoas fazem sobre Friends geralmente é: “Como está o Matthew Perry?”. O ator responde a essa pergunta no livro falando de sua luta de décadas contra álcool e drogas, com detalhes como duas semanas em coma e mais de uma dúzia de cirurgias estomacais. O livro será lançado pela editora Flatiron nesta terça-feira (1º).

Na Folha, na coluna das Letras, Walter Porto analisou a união da indústria do livro na defesa da lei que fixa preços de lançamentos e evita descontos que enxergam como abusivos e prejudiciais a toda a cadeia de produção. Ele ressalta o consenso absoluto em torno da promoção da chamada Lei Cortez, ressaltado durante o Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos que foi organizado pela CBL em Campinas, na semana ada..

[31/10/2022 08:00:00]